domingo, 28 de junho de 2020

Soneto do tempo que virá

Quando tiver já todo transcorrido
O tempo áureo de nossa mocidade,
Em que sonhar nos era permitido
E em que críamos na felicidade.

Quando o que foi melhor já tiver sido
E não houver a possibilidade
De um novo rumo, de um novo sentido
E de nenhuma nova realidade.

Quando soubermos que não há virtude
Que possa substituir a juventude
E que sempre esta, só, nos fez viver,

Que estejamos os dois bem preparados.
Terão início os tempos malfadados
De sofrer, de chorar e de morrer.

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