Passou, já, nosso tempo de viver,
Tão fugaz quanto o amor, tão apressado
Que, tão logo se deu a conhecer,
Estava já prescrito e consumado.
Tão curtos vida e amor vieram a ser
Quanto o reinado de um rei que, coroado,
Na sagração morresse após beber
Um cálice de vinho envenenado.
Se o amor foi nosso rei, e nossa vida
Dissemos sempre estar à dele unida,
Por que incidimos neste erro fatal?
Se um súdito não segue seu senhor,
Se um amante não segue seu amor,
Como é que fica a lógica, afinal?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário