Caíram tuas pétalas. A sanha
Desajeitou-te os seios, fê-los rasos
E desnudos se deram quase fáceis
À colheita dos dedos e da boca.
Abriram-se os segredos. O momento
Deitou-se sobre ti com força, e foste,
E vieste, e foste, e vieste, e sucumbiste
Úmida de teu gozo e de teu pranto.
Possuída, estavas coisa sobre a cama.
Mas depois, quando o peso te livrou
E recobrou a altura seu espaço,
Ergueste pelo chão as tuas roupas,
Teu porte mais soberbo do que nunca e
Tua feição de flor refez-se virgem.
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