Agora, sua vida morre agora,
Na tristeza da tarde que adormece.
Sua alma ascende ao céu, sua mãe chora,
Choram os seus amigos. Anoitece.
Um murmúrio monótono de prece,
Quatro velas queimando, e o vento, fora,
Suavemente nas árvores esquece
Sua dolente compaixão sonora.
Os versos seus que em lágrimas se esfolham
E de um celeste amor, com voz aflita,
Falam, todos os leem, e se entreolham.
A lua, então, abrindo o claro peito
Entra pela vidraça e deposita
Um punhado de lírios em seu leito.
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