Às vezes imagina ir a Portugal, andar pelos lugares onde Fernando Pessoa esteve. Imediatamente algo o adverte da suprema heresia e ele tenta, com o estoicismo de um mártir, nem sequer pensar Naquele que jamais há de ser lembrado ou invocado em vão.
Sou um homem que ama a literatura e desde os 12 anos, quando li A Comédia Humana, de William Saroyan, tenta ser escritor. Tenho muitos livros publicados, mas quem diz se alguém é escritor são os leitores. Então, cada livro meu repete a pergunta: sou um escritor?
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