quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Lírica (1.279) - Manhã
Quando acorda, com o primeiro indício da manhã na janela, pensa em sair para a rua, para o sol e para a vida. Imagina chutar uma bola, ou uma tampinha que seja, e correr até descobrir o limite do fôlego. Mas a memória, apesar de lenta, o devolve aos seus noventa anos e, depois de um suspiro, ele toca a campainha para avisar que está aparentemente vivo para mais um dia e apreciaria tomar um chá, não porque goste, mas para que, por alguns momentos, tenha companhia.
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