Os perjuros
encheram de
corações os muros
crivaram de setas
e de declarações
as esquinas
e os quarteirões
Juraram
e abjuraram
proclamaram
e renegaram
O tempo
vai desfazendo
os corações
as setas
e as frases amorosas
lavradas
com letras espalhafatosas
Os nomes
se apagam nos muros
os nomes louvados
tão cedo olvidados
fulanos e beltranos
adrianas e adrianos
chamas que queimaram
e se transformaram
em cinzas apenas
em meros enganos
domingo, 13 de março de 2011
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