quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hospital

Um dia, faz muito tempo, pegou aqui neste balcão exames que o davam como quase morto. Cortado pelos médicos e obedecendo a algum desígnio superior a si mesmo e à morte, sobreviveu. Hoje acaba de receber da mesma atendente exames que confirmam sua surpreendente saúde e sabe que o desígnio ao qual sem querer se submeteu foi o de estar destinado a outro tipo de morte, mais lento e mais insidioso, que a tecnologia moderna ainda não detecta com suas máquinas e instrumentos: o amor.

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