terça-feira, 6 de março de 2012

Adeus

Vai, podes ir se crês que em ti morreu
O amor que me comove e me arrebata.
Nem sequer temas que eu te chame ingrata,
Pois nada levas que não seja teu.

Levas o riso? O riso floresceu
Depois de ti, com força de cascata.
Levas também o sonho? O sonho data
Do teu primeiro olhar queimando o meu.

Vai, pois, sem um remorso na consciência,
Colher as tuas flores na existência,
Deixando embora minha estrada nua.

Vai, não me fites não assim condoída.
Levas contigo, eu sei, a minha vida,
Mas minha vida é tua, é toda tua.

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