sexta-feira, 13 de abril de 2012

Ela

Há quem tão alta se veja,
Tão perto do céu, da lua,
Que nunca na terra esteja,
Que nunca esteja na rua.

Não olha para os mortais
E não lhes dá atenção.
Se um dia os viu, não vê mais,
Chamá-la é chamá-la em vão.

Eu mesmo, que tanto a amei,
Que por amor a chamei
E não paro de chamar,

Sei que ela está decidida
E, podendo dar-me a vida,
Prefere a morte me dar.

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