De todas as coisas que não fez, se há uma que lamenta é não ter morrido quando devia. Foram tantas as ocasiões - dez ou doze, em três anos - e todas passaram. Fazer alguma coisa agora não tem mais sentido. Seria como morrer com efeito retroativo.
Sou um homem que ama a literatura e desde os 12 anos, quando li A Comédia Humana, de William Saroyan, tenta ser escritor. Tenho muitos livros publicados, mas quem diz se alguém é escritor são os leitores. Então, cada livro meu repete a pergunta: sou um escritor?
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