"leite, leitura,
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo, tudo, tudo,
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura."
***
"O primeiro personagem que um escritor cria é ele mesmo. Só os imbecis procuram um eu atrás do texto literário. Em literatura, a própria "sinceridade" é, apenas, uma jogada de estilo.
Um escritor medíocre não consegue ser "sincero". Técnica, coração.
Para ser sincero, é preciso dispor das técnicas que indiquem, signem, sinceridade. Sem isso, a mais pura das explosões verbais, a mais direta, a mais "espontânea", será apenas mais uma manifestação de imperícia literária. Um amontoado de bobagens que o tempo vai se encarregar de destinar ao lixo, onde jazem as ilusões."
(Do livro O bandido que sabia latim, de Toninho Vaz, publicado pela Editora Record.)
segunda-feira, 13 de maio de 2013
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