quinta-feira, 16 de maio de 2013
Durante o dia, o amor nos mata...
... de sede e de fome. À noite, não nos deixa dormir. Suplicamos que ele nos poupe, mas, se ele nos dá uma trégua, logo clamamos por sua volta. Queremos o suplício que só ele sabe nos infligir, e abençoamos a fome e a sede diurnas que de madrugada deixam febril nosso corpo, como deve estar um corpo para merecer o amor. Ah, amor, íncubo e súcubo, suprema invenção do demônio, doce tormento e flagelo, vem a nós e nos bebe, e nos come, e nos devora inteiros enquanto não chega o sol.
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