sexta-feira, 10 de maio de 2013

Não cheguei...

... a me construir, nunca. Nem perto estive. Mas o empenho que me faltou para essa tarefa me sobra agora, quando me dedico à autodestruição. Sigo, nisso, aquele talento que é o principal no ser humano. Mordo minha mão e sinto afluir aos lábios o doce veneno que é a nossa maior riqueza. Desde o início, não fomos Adão nem Eva. Fomos sempre a cobra.

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