sábado, 4 de maio de 2013
Pensa nela...
... com uma ternura insuportável, que o asfixia, que o afoga, que o mata. Asfixia-se, afoga-se e morre várias vezes por dia. Já perdeu a conta de quantas vezes jurou não mais aguentar isso, mas aguenta, e anseia por asfixiar-se, afogar-se e morrer. Não sabe mais como exprimir isso. A ternura o consome, o faz delirar. Está obcecadamente, doentiamente, deliciosamente apaixonado por ela. Ora sonha que ela é pequena e frágil e ele a coloca na mão, como uma borboleta. Ora sonha que ela é grande, enorme, um continente que ele não sabe como, mas tentaria desbravar. Tem calafrios e a febre dos conquistadores de esmeraldas. Não entende como pode haver homens que consigam viver sem esse tormento, não compreende como pode haver homens que não tenham a aspiração de morrer por essa conquista. Ele tem ideias esquisitas. A mais comum é aquela em que é devorado por ela mansamente, metodicamente, e nos espasmos duradouros e finais, geme amoramoramor.
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