segunda-feira, 13 de maio de 2013
Quando o corpo...
... começa a se desmanchar, a soltar sua pele, e o rosto parece o de uma atriz na décima sexta plástica ou um experimento de Picasso, o trágico não é essa degenerescência física: é o fato de ninguém acreditar que o violino da alma toca mais pungentemente do que nunca, como um gato deixado em casa sem comida, esperando já uma semana pela dona que enlouqueceu repentinamente, esqueceu o endereço e fica importunando as pessoas na rua, pedindo dinheiro e perguntando pelo seu gato.
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