"POR ÚLTIMO
O haver deixado uma moeda em brasa na mão de outrem,
o haver unido certos fios de amor e resplendor,
o haver perdido alguma coisa
ao sair da casa vazia.
O haver ficado, o haver acompanhado,
o haver estado envolvido com o vento que sempre
tem razão,
com a terra e a água e com a relva que sempre
têm razão.
O não haver aniversariado longe de si mesmo,
não importa se de joelhos no meio do pântano mas
perto de si mesmo,
ou entre assuntos pendentes ou distorcidos desde o começo
porém mastigados com teus dentes.
Não importa ser um objeto mais ou menos qualificável
desprezível pelos que decidem
não importa ser superado, massacrado, tergiversado,
desmentido,
A verdade advém de tudo isso."
(Do livro Poesia argentina 1940-1960, tradução de Bella Jozef, publicado pela Iluminuras.)
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