domingo, 5 de janeiro de 2014

Diários

Lendo os diários de Virginia Woolf e Katherine Mansfield, empolga-me como elas se davam à literatura, como adoeciam, como acabaram se matando por ela. Depois de cada conto, de cada romance, uma temporada de febre na cama, um enfraquecimento total. O ideal é que escrever fosse sempre isso, um dar-se inteiro ao que se escreve, um entregar-se sem cautela e sem medida. A arte, em geral, precisaria ser sempre um vampiro que deixasse no rosto e no corpo do artista as suas marcas. Que ele fosse o retrato vivo, e moribundo, de sua sinceridade.

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