quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Louis-Ferdinand Céline
Espantam-me certos clichês que se usam quando se citam alguns escritores, ressaltando-lhes o brilho apesar do caráter reprovável. Celine é talvez o exemplo mais expressivo. Pintam-no como um ser humano desprezível e estranham que ele pudesse ser um artista quase divino. A vida - assim como a arte - não é feita de bem ou de mal, mas de bem e de mal. Que Céline não tenha sido um santo ou um benemérito é, do ponto de vista da literatura, algo que se deve mais saudar do que deplorar. À arte não compete falar por ideologias, causas ou religiões. A arte não redime ninguém. Se os anjos quiserem se manifestar, que não o façam por intermédio de nós.
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