Matamos o amor
Cortamos-lhe o pescoço longo
e como se fosse um frango
o metemos no caldeirão
Já bem morto
ainda se debatia
pedia comiseração
Enfiamos-lhe a cabeça
mais fundo no caldo
sossega aí mentecapto
e aumentamos a fervura
Melhor seria tê-lo ouvido
ter atendido às suas súplicas
Maldita ave
Um ano passado
e ainda nos bica o estômago
como se o seu pescoço
não estivesse no bucho do gato
na caixa de sapato
no fundo do quintal.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
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