domingo, 2 de fevereiro de 2014

Soneto do prazer cobrado

Com toda a justiça ou sem,
Todos os momentos vãos e
Os mais valiosos também
Ou já se foram ou vão-se.

É assim a vida. Nem bem
Chegam os instantes bons e
Os maus com eles logo vêm
E os maus aos bons sobrepõem-se.

Nada na vida é fortuito,
Nada na vida é gratuito.
A cada gozo gozado,

A cada escasso prazer,
Vem sempre a aflição de ter
O nosso prazer cobrado.

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