Os passarinhos chegaram,
Suas árvores escolheram
E ali ficaram, viveram.
Em mim, porém, não pousaram.
Eu de chamá-los não canso
E os frutos meus lhes ostento
E peço a ajuda do vento
E os ramos todos balanço.
É tudo inútil, porém.
Chamo, chamo, e eles não vêm.
Que sejam amaldiçoados
Pela peste perseguidos,
Pela desgraça roídos,
Pelos gaviões devorados.
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