Se nada mais nos conforta
E do amor nada queremos,
Então por que nós corremos
Se alguém chega e bate à porta?
Se o ânimo já perdemos
E se a esperança está morta,
Se nada mais nos importa,
Por que é que nós atendemos?
Com a mão no trinco hesitamos,
Pensamos, quase recuamos,
Faltam-nos o chão e o ar.
O amor banimos um dia
Mas não nos importaria
Se ele quisesse voltar.
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