"Durante três ou quatro anos em que fomos bons amigos, não consigo lembrar-me de ter ouvido Gertrude Stein falar bem de qualquer escritor que não tivesse escrito favoravelmente sobre sua obra ou feito alguma coisa para promover sua carreira, com exceção de Ronald Firbank e, mais tarde, de Scott Fitzgerald. Quando a encontrei pela primeira vez, ela não se referiu a Sherwood Anderson como escritor, mas falou ardentemente dele como homem, dos seus grandes olhos italianos, belos e quentes, da sua bondade e do seu encanto. Pouco me importava com os grandes olhos italianos, belos e quentes, de Sherwood Anderson, mas gostava muito de alguns dos seus contos."
(Do livro Paris é uma festa, tradução de Ênio Silveira, publicado pela Civilização Brasileira.)
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