"Eles se casaram. Chegou ao fim a marcha nupcial. Os pombos bateram asas. Garotinhos com casacos de Eton jogaram arroz; no meio do caminho saracoteou um fox terrier; e Ernest Thornburn conduziu sua noiva ao carro por entre o pequeno e inquisitivo aglomerado de completos estranhos que sempre se forma em Londres para desfrutar da felicidade ou infelicidade dos outros. Por certo ele tinha boa aparência e ela aparentava ser tímida. Mais arroz foi jogado e o carro partiu.
Isso foi na terça-feira. Hoje era sábado. Rosalind tinha de acostumar-se ainda ao fato de agora ser mrs. Ernest Thornburn. Talvez nunca se acostumasse ao fato de ser senhora Ernest Fosse-o-que-fosse, pensava ela sentada na janela arcada do hotel que dava para o lago e as montanhas, esperando seu marido descer para o café. Era difícil se acostumar a um nome como Ernest. Não, não era o nome de sua preferência. Se pudesse, teria escolhido Timothy, Antony ou Peter. Além do mais ele não tinha cara de Ernest. Tal nome sugeria o Albert Memorial, móveis de mogno, gravuras em metal do príncipe consorte e família - em suma, a sala de jantar da sogra dela em Porchester Terrace."
(Do livro Contos completos, tradução de Leonardo Fróes, publicação da Cosacnaify.)
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