quarta-feira, 16 de julho de 2014

Soneto da hora tardia

Podemos já nos deitar.
Toda a cidade já dorme
E a nossa tristeza, enorme,
Merece já descansar.

Depois de tanto insistir
Sem ter resposta do amor,
Vamos ninar nossa dor,
Vamos fazê-la dormir.

Se formos chorar, choremos
De forma que só molhemos
Nosso próprio travesseiro.

Se chegar de madrugada,
Que não reclame de nada
Aquele vil trapaceiro.


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