terça-feira, 8 de julho de 2014

Soneto da doce amargura do amor

Não pensa certo quem pensa
Todos os seus sonhos pôr
Nos braços frouxos do amor.
Não há mais errônea crença

Do que essa, de se supor
Que para a tristeza imensa
Ele nos dê recompensa,
Alívio, ou seja o que for.

O amor, por definição,
Só tem uma obrigação,
Que é a de nos afligir.

Ver nessa aflição doçura
Ou nela ver amargura
Cabe a nós, só, decidir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário