sábado, 12 de julho de 2014

Soneto das mil mortes do amor

O amor morreu tantas vezes
Em mim e em meu coração
Que a morte tem a extensão
De mil canais de Suezes.

E tendo a área de mil ilhas
Sua descrição não vem
Em mapa nenhum e nem
No pacto de Tordesilhas.

Morreu tanto, quem diria,
Que burlou a geografia
Com tanta desfaçatez

Que as contas me fez errar
E por mil multiplicar
O único canal de Suez.

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