"Sofia sentia-se estranha, fora de si mesma, como que situada no umbral de uma época de transformações. Certas tardes tinha impressão de que a luz, ora mais aqui ora mais ali, dava nova personalidade às coisas. Um Cristo saía das sombras para fitá-la com olhos tristes. Um objeto, até então despercebido, apregoava a delicada qualidade do artesanato. Desenhava-se um veleiro na madeira veiada de uma cômoda."
(Do livro O século das luzes, tradução de Stella Leonardos, publicação da Global Editora.)
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