"Bebi a cerveja do País dos Jovens
E choro porque agora sei tudo:
Fui uma aveleira, e da minha folhagem
Penderam a Estrela Guia e o Arado Torto
Em tempos imemoriais:
Fui um junco pisado pelos cavalos:
Fui um homem, inimigo do vento,
Sabendo apenas, entre todas as coisas, que a sua cabeça
Não poderá repousar no peito nem os seus lábios nos cabelos
Da mulher amada, até morrer.
Oh besta dos mundos ermos, pássaro do ar,
Tenho de suportar os teus gritos amorosos?"
(Do poema "Ele pensa na sua grandeza passada quando fazia parte das constelações celestes", de Uma antologia, tradução de José Agostinho Baptista, edição da Assírio & Alvim, Lisboa.)
domingo, 31 de janeiro de 2016
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