"A ninguém importa quem ganha as guerras.
Importa no momento:
gostam das paradas, dos vivas;
mas depois a vitória perde a importância.
Uma taça de prata sobre a lareira
gravada com um ano ou outro;
uma horda de botões cortados de cadáveres
como suvenires, algo vergonhoso
que você fez com intensa raiva oculta
da vista dos outros.
Sonhos ruins, um pouco de pilhagem.
Não há muito o que dizer a respeito."
(Do livro A porta, tradução de Adriana Lisboa, publicação da Rocco.)
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