"O professor de geografia Pittioni, atormentado pelos alunos enquanto lecionou no ginásio, não voltou de suas férias. Em Hütschlag, aonde tinha ido de início apenas para estudar os escritos de Humboldt e relaxar, enforcou-se no quarto para o qual se retirara apenas por alguns dias. Em testamento, deixou para os alunos tudo o que possuía. Agora que tomara a única atitude possível, escreveu Pittioni, não queria que pensassem que ele os odiava. Ao contrário. Mas seu amor pelos alunos, por mais que ele houvesse se empenhado, não fora aceito. Qualquer que houvesse sido a razão para tanto, esperava que eles o perdoassem."
(Do livro O imitador de vozes, tradução de Sergio Tellaroli, edição da Companhia das Letras.)
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