segunda-feira, 13 de maio de 2019
Como se para plantar papoulas
Abraçados, em pé, ele começa a beijá-la e faz correr as mãos pelas costas dela, até a bunda. Elas se fixam ali e apalpam o contorno da carne rija e simultaneamente macia como a seda do vestido que a cobre. Em cima, os lábios dele e os da mulher se mordem e as línguas se lambem. Ele pensa em alguma coisa mais, em tudo, mas ela o submete sempre a esse prazeroso castigo. Deve beijá-la, mordê-la, lambê-la. Chegará o momento em que ele e ela estremecerão como peixes fisgados. Ele retarda esse instante, não para prolongar o gozo, mas por saber que, depois, ela não deixará mais que suas mãos continuem a apertar a bunda que, em sonhos, o faz umedecer a cama e esparramar sementes sobre ela, como se preparasse um terreno para nele plantar papoulas.
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