sexta-feira, 1 de maio de 2020

Soneto do poeta antigo (p/ Luciana Nobre)

Se a beleza é o que o move, por que não
Dizer isso total e cabalmente,
Sem subterfúgio, insofismavelmente,
Com a força de quem diz com convicção?

Se zombarem de sua inspiração,
E o chamarem de artista decadente
Por você não falar nem do presente
Nem de povo nem de revolução,

Não hesite. Será esse o momento
De você afirmar seu argumento,
De confirmá-lo e de fortalecê-lo.

Diga-lhes, sem rancor e sem cinismo,
Que você ergue o estandarte do lirismo
E que não se envergonha por erguê-lo.

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