domingo, 13 de junho de 2010
Lírica (35) - Luzinhas
Na noite na qual pressentiu que o amado talvez nunca voltasse, ela, da sacada do apartamento, olhou na direção em que imaginava ficar o bairro dele e, no meio das dezenas de milhares de luzinhas acesas na cidade, localizou a da casa dele e esperou que ela se apagasse à uma da madrugada, horário em que ele costumava dormir, e só aí resolveu deitar-se também, feliz porque ainda de certa forma faziam aquilo juntos, embora separados, e prometeu a si mesma seguir aquela amorosa rotina em todas as outras noites de sua vida, se preciso fosse.
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