sábado, 27 de agosto de 2011
Nenhum sinal
Não olha para a calçada. Sabe que não haverá nenhum sinal dos passos dela. Já se passou um ano e meio, tanta gente andou por lá, saindo da escadaria do metrô, tantas águas de caminhões-pipa lavaram tudo aquilo em tantas madrugadas, tantas chuvas ali se derramaram. A presença dela durou o que durou: dois minutos, os da despedida. Inútil também é procurar sinal daquelas lágrimas que naquele fim de tarde o fizeram ver embaçada a figura dela, andando para onde começavam a noite e a desesperança.
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