terça-feira, 26 de março de 2013
Centro Cultural
Esta manhã, deixei-me enganar outra vez pela vida em seu permanente esforço para me provar que é bela. Permiti que ela me pusesse no ônibus e no metrô e quarenta minutos depois eu estava no Centro Cultural, na Vergueiro. Fui rever os mais frequentes e melhores interlocutores de minha vida: os livros. Nós nos entendemos bem. Alguns me conhecem desde quando eu era menino e me desejam bom dia. Outros são amigos novos e, não tendo ainda intimidade comigo, sorriem apenas, como se faz no início das amizades. Perto das estantes vi uma armação de ferro que talvez fosse uma escada para auxiliar no conserto de infiltrações de água no teto e tinha aspecto semelhante ao de uma jaula. Pensei imediatamente em Beckett e em Kafka. Primeiro em Kafka.
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