"Na rua Mostack morava uma jovem senhora, que por infelicidade perdera seu marido logo após o casamento, e agora sentava-se em seu pequeno quarto, pobre e abandonada, e esperava uma criança que não teria pai. E porque estava assim tão sozinha, todos os seus pensamentos demoravam-se na criança por nascer, e nada houve de belo e magnífico e invejável, que ela não tivesse inventado e desenhado e sonhado para essa criança. Uma casa de pedra com vidraças de cristal e repuxo no jardim pareceu-lhe já bastante bem para o pequeno, e, quanto ao futuro, ele se tornaria no mínimo um professor ou um rei."
(De Sonho de uma flauta, tradução de Angelina Peralva, publicado pela Record.)
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