sábado, 4 de maio de 2013

À tarde...

... a melancolia chega com seus passos curtos. Ela sabe em que casas bate - naquelas em que moram os que trataram o amor como bijuteria e adornaram os pulsos, e o pescoço, e as orelhas com ele. Não adianta nos escondermos. Todo fim de tarde a melancolia vem e nos pergunta o que fizemos daquele ouro. E todo fim de tarde mostramos o que nossa pele fez dele. Apodrecemos o ouro em nós e hoje ele está em quinquilharias que damos ao gato para brincar. É triste ouvir o amor gemer a cada unhada.

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