sábado, 4 de maio de 2013

Como eram...

... poucas e avarentas as horas, no tempo em que o amor a cada instante tocava nossa alma como se ela fosse um violino. Não nos bastavam as horas para tanto afeto. E como nos parecem longas hoje as horas, lentas, derramando-se interminavelmente pelos dias, e como demoram os crepúsculos, e como se arrastam as noites povoadas de fantasmas. O amor é um fantasma que, não entendendo por que o mataram, volta sempre e sempre, para nos interrogar. E o que temos a dizer-lhe é sempre nossa canhestra jura de inocência. Mas em nossas mãos o sangue nos denuncia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário