terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
No laboratório (II)
Uma atendente nova me chama. Quando ela está me levando à saleta para colher sangue, a moreninha, Deise, chega e me diz: "Então, hem? Pensou que eu não fosse ver, né? Me traindo assim, descaradamente." Eu sorrio, ela sorri, a atendente nova acaba sorrindo também. Antes eu me incomodava com essas demonstrações de carinho que nos reservam quando estamos no fim da linha. Hoje eu as espero, e as estimulo. Qualquer coisa serve, quando não se tem mais nada.
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