Do que respingou nas toalhas,
Do que ficou sob as mesas,
Das carnes, das sobremesas,
O amor recolhe as migalhas.
Do ouro cuspido nas palhas,
Das maçãs e das framboesas
Mordidas sem sutilezas,
O amor recolhe as rapalhas.
Amor, que praga rogaram,
Que maldição te lançaram,
Que te fizeram, amigo?
Para a fartura nasceste
E na opulência cresceste,
Mas morres como um mendigo.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
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