"Adeus, belo dia, bela luz que morres!
Eu que sou terra, contemplo o ocidente,
E vejo o imenso sol que desce.
Adeus. Nunca mais nos voltaremos a encontrar.
Adeus. Suspirando contemplo
Mais esta ocasião que se perde.
Impotente jazo na minha tenda:
Adeus, belo dia, tão desperdiçado!
Adeus, belo dia. Se algum Deus
Comanda esta pobre nuvem de pó,
Também criou esta ocasião
E preparou o seu próprio obstáculo.
Deixai-o com a sua divina vingança -
Dá-me o sono, dá-me o despertar,
Armado e a postos, e pede-me para
Representar o herói do dia que vem!"
(De Poemas, tradução de José Agostinho Baptista, edição da Assírio & Alvim, Lisboa.)
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