Seu bolso e sua despensa,
O amor, como recompensa,
Deixou-me sobreviver.
Deixou-me também, cortês,
As suas plantas regar,
A sua casa lavar
E o seu carro japonês.
Desde que seu criado sou,
Ele nunca se queixou
E nem de mim falou mal.
Não me maltrata, ao contrário:
Dá-me em cada aniversário
Um paninho e um avental.
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