segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
As duas na lojinha
A nova balconista já completou dois meses na lojinha. Olga está satisfeita com ela. É educada, discreta e boa vendedora. Com uma virtude adicional: quando não há freguesas para comprar as blusas, não fica puxando assunto. Entendem-se em silêncio, como agora: as duas estão no fundo da loja. Já apagaram quase todas as luzes. É hora de fechar. Olga pega uma blusa para recolocá-la no lugar. A balconista estende a mão para a mesma blusa. Os dedos se tocam. Olga se alvoroça. Olha para a balconista, com um sorriso de desculpa que não se abre convincentemente. O que é isso? O que ela vai pensar? Mas nos olhos da outra há um brilho diferente. Olga sente os dedos apertando os seus. Retribui. Reconhece agora o rosto da moça. Sim, é ela, a loira do filme pornô de ontem, na tevê, aquela que supliciava a mão da parceira morena. Agora, talvez como a loira no filme, ela morderá sua orelha. Quando ela avança com os lábios, Olga se lembra de como a cena continuava. Deixa-se morder e, em seguida, segura o rosto da balconista e manda: agora abre essa boca, que eu vou comer tua língua. A outra a chama de Pâmela e provoca: então come.
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