Senhora, quantos louvores
Teus meigos olhos merecem
Que o verde assim me oferecem,
E os lábios, esses primores?
À tua passagem flores
Alegres por ti florescem
E para ti enternecem
Seus cantos os beija-flores.
Quem dera, minha senhora,
Que eu, como os poetas de outrora,
Pudesse também, amiga,
Louvar todos teus encantos,
Se não com extensos cantos
Ao menos com uma cantiga.
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