Jamais tinhas tempo para mim.
Quando eu precisava de ti
estavas em todos os lugares
menos aqui.
Perguntava por ti
e as notícias que vinham
quando vinham
contavam tuas façanhas
pelos sete mares,
por todos os ares.
Salvavas velhinhos no Japão
criancinhas na Índia
e ainda achavas forças
para salvar espécimes
à beira da extinção.
Trabalhavas para várias
siglas humanitárias
mas ao voltares das viagens
quando voltavas
o que com mais gosto mostravas
eram as novas tatuagens
que não pareciam propriamente
homenagens a instituições:
hideo, hagi, kazim, massao
e até, uma vez, um -
geograficamente inesperado
e por mim imediatamente odiado -
pablo.
terça-feira, 4 de outubro de 2016
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