domingo, 19 de maio de 2019

A mulher ideal

Quando pensa na mulher ideal, aquela que colocaria antes de todas as outras num poema e numa cama, prefere as de nádegas grandes e portentosas tetas. Seios que parecem recatados limões e bundinhas tímidas não lhe agradam. Quer uma bunda que, entrando numa sala, faça todo o ar ser absorvido imediatamente num suspiro único pelos homens. E quer tetas que, quando ele estiver nos seus tão comuns períodos de infortúnio, possam receber sua cabeça e suas lágrimas. Tetas que, convenientemente tocadas ou lambidas, não se neguem a esguichar gotas de leite que, se não forem rapidamente bebidas por sua boca, começarão a pingar no assoalho, obrigando um funcionário a sair correndo atrás de um balde e de um esfregão.

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