segunda-feira, 18 de abril de 2022

Soneto de quanto sabe o vassalo de seu senhor

 Amor, meu doce tirano,

Sob teu domínio me deixo,

Dos teus grilhões não me queixo

E do teu jugo me ufano.


Amor, meu amo, meu rei,

Deixa que em tua masmorra

Eu esteja, eu viva e eu morra

E sempre grato serei.


Eu sei bem, e tu também

Há tanto és já sabedor,

Que não preciso lembrá-lo,


Que não existe ninguém

Que saiba mais do senhor

Do que sabe seu vassalo.

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