Um poema de Sânzio de Azevedo

"VERDES MARES

"Havia muitos coqueiros
orlando as praias da infância.
Jangadas de velas alvas
se sumiam na distância.

Conchas róseas, muitas conchas,
no chão, marchetando a areia;
perigoso era ir buscá-las
nas horas de maré cheia.

O menino via as ondas
em seu eterno estrondar,
pensando que eram bem verdes
as águas do verde mar."

(Do livro Cantos da antevéspera, publicado pela Casa de José de Alencar, da Universidade Federal do Ceará.)